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14 de jan. de 2019

O nome dela pode ser Jennifer, mas eu encontrei ela no brega

Não se fala em outra coisa: O NOME DELA É JENNIFER (e você não consegue ler sem cantar) é o hit do momento. Em tudo que é canto, até nos sonhos, só dá essa música! Muita gente não sabe, mas antes dessa tal Jennifer procurar boy pelo Tinder, tantas outras mulheres apaixonantes rondavam nossas mentes com músicas chiclete. Vamos lembrar de algumas delas:

OLGA - Adilson Ramos
Quem nunca encontrou uma Olga e cantou em alto e bom som "ÔOO OOOOOLGA", a ponto de assustar o povo?

KELLY - Banda Labaredas
Um dos hinos do brega pernambucano. "Ô KEEEELLY, Ô Ô Ô KEEEEELY!". Gente, isso é muito bom!

VERÔNICA - Maurício Reis
Depois de meia hora de "VERÔOOOOOONICAAAAA". Uma palavra já é o refrão todo!

LADY LAURA - Roberto Carlos
Tem gente que diz que isso não é brega, mas repara na letra e no ritmo... "Lady Laura, me leve pra casa. Me conte uma história. Me faça dormir". Isso depois de uns vinhos é sofrência na certa.

LUANA - Julio Nascimento
Essa nem é tão conhecida, mas dá pra aperrear muitos as Luanas por ai... hahaha

Independente do nome, uma coisa é certa: é mais fácil encontrar ela no brega! <3

9 de ago. de 2018

Amigas que o brega uniu

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Começo dizendo que o brega é tão amor que quando as bregueiras se juntam só pode dar o quê? Amor, união, amizade, o caminho é esse. Em um desses encontros surgiu a banda AMIGAS DO BREGA, composta por Palas Pinho (aquela mesmo da Banda Ovelha Negra, a do "amor de rapariga não vinga, não..."); Dayanne Henrique (aquela mesmo do Frutos do Amor, a do "vou arrancar do meu diario..."; Dany Myler (aquela mesmo da banda Lolyta, a do "é desse jeito, pra rebolar..."; e a recém-saída da banda Isa Falcão (aquela mesmo da banda Espartilho, a do "essa saudade grita no meu peito..."). Vem conhecer um pouco como surgiu tudo isso.


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Dany, Palas, Dayanne e Isa, quatro mulherões.
A ideia da banda surgiu com Palas Pinho, onde inicialmente a intenção era juntar as cantoras para divulgar e fortalecer o movimento brega, com grupos de divulgação e espaços de conversa. O sucesso do projeto foi tão grande que o público começou a pedir shows e logo surgiu a banda "Amigas do brega". Para essas amigas, o brega é "um movimento periférico genuinamente pernambucano que me move e me faz viver" (Palas), além de fonte de renda pra muita gente e expressão de amor pela música.
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Com relação ao estilo musical brega, desde os programas de auditório até hoje, algumas mudanças aconteceram. Sempre que faço essa pergunta, seja a bregueiros, cantores, artistas e produtores, muitos dizem que o brega não é mais o mesmo; artisticamente falando melhorou bastante, mas o romantismo se perdeu em algumas canções. Para Palas, o brega evoluiu muito musicalmente, hoje existe mais qualidade musical, além de que "os músicos conseguiram inovar e deram identidade musical ao brega Pernambucano que antes era uma cópia do brega do Pará". Isa Falcão reforça a ideia de qualidade musical e completa: "o brega sempre se renova, hoje existem as possibilidades de divulgações como redes sociais, hoje as bandas tem mais recursos, estão até mais apresentáveis, mais profissionais, antes era tudo muito amador". 
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A gente aqui fala em música, em união, em brega, mas a gente sabe que quando as mulheres se juntam, estão na mídia, são lindas e determinadas às vezes rola um preconceito né? A mulher vira objeto de sedução e pronto, parece que a gente é apenas um corpo sensual e não um ser humano que tem sonhos, objetivos e talentos. Para Palas Pinho,
"a
 mulher se empoderou e tomou conta do brega romântico, somos tratadas hoje com respeito e admiração", comprovando que o objetivo do projeto vem sendo atingido, para Dany Myler. Em muitos casos o preconceito vai além do gênero. Muitos consideram o brega como uma música inferior, de baixa qualidade - e isso venho falando e discutindo desde a origem do blog, em 2010 - sendo reflexo em muitas festas no estado, como o carnaval. Bandas recifenses de brega ficam de fora de grandes eventos, sendo o brega raiz "restrito" a periferias ou festas particulares. "As pessoas não entendem que trabalhar em banda é coisa séria, é um trabalho como qualquer outro", completa Isa, reforçando que existe preconceito sim no mundo brega, mesmo sentimento expressado por Dayanne. 

A segunda tour está chegando e novidades vêm por aí. Após a saída de Isa Falcão estão informando na página oficial da banda no Facebook sobre uma nova integrante para o grupo, que será conhecida no primeiro show da turnê. Será eu? hahahaha. Será você? hahahaha. Vamos aguardar! Desde já desejo mais e mais sucesso, que vocês continuem lindas, guerreiras e abençoadas para fortalecer isso tudo que é nosso, o nosso brega.

Beijos!


18 de fev. de 2018

O brega pernambucano e suas versões

Há tempos que o brega pernambucano é famoso pelas suas versões bregas de músicas conhecidas internacionalmente. Não me pergunte sobre os direitos autorais, o que venho falar aqui é na capacidade de prender nossa mente e nossas vozes para músicas que não saem de nós. Sempre foi assim, hahaha. Pra começar vamos da viciante "Só dá tu", da banda A Favorita.

Versão
We can get high oh na na na / Você tem sorte na na na
We can get low oh na na na/ É que eu te amo na na na
Let me be your friend, baby let me in / Adoro o teu beijo, adoro o teu cheiro
Tell you no lies oh na na na / Qual é o teu segredo na na na

Original
O biquinho é o mesmo, "i got youuuu, uuuuuu, uuuuu"

Impossível não se pegar cantando "só dá tuuu uuuu uuuuuu, uuuu uuu uuuuu". Só de pensar que a versão original é bem parecida com a versão a gente gosta mais, a gente canta mais, a gente imita e faz vídeos mais. Inclusive tá rolando um possível feat com as duas :O Na torcida pra dar certo!

Como segunda música viciante que também é versão, vamos de "Mexeu comigo", com a banda Musa, da mesma produtora da A Favorita. Ô povo bom pra fazer versão né?

                                                                           Versão
"E se tudo isso vai durar eu não sei". Claro que vai, versão vicia! hahaha

                                                Original
You're giving me a million reasons to let you go / Acho que estou amando pela primeira vez
You're giving me a million reasons to quit the show / Seu olhar tão vago, mas no seu fixei
You're givin' me a million reasons / Eu senti algo muito lindo, mexeu comigo
Give me a million reasons / Eu senti algo muito lindo, mexeu comigo

Eu amo essa música, instrumental lindo, bem romantiquinha. Só não repara muito na letra que é sofrência.

Na nossa funpage, a Quem gosta de brega sou eu tem muitas outras versões, mas essa daqui é uma das mais mais do brega pernambuco eternamente, pra sempre, forever. Se brincar tu nem sabia que era versão... Se liga no "nãaaaao, nãaaaao, nãaaaaao" <3

N'Sync versus Ritmo Quente

E essa pra quem é nerd, teve infância e sonhou em ser a Power Ranger Amarela?



EDIT: agora em Agosto/18 ouvi a música da banda A Favorita, mas não sabia que era versão. Tô passada como Elvis Pires, o dono das músicas bregas em Recife, é bom demais que nos surpreende sempre. Se liga como ficou massa a versão de Échame La Culpa, de Demi Lovato com Luis Fonsi:

                                              Original
"No eres tú, no eres tú, no eres tú, soy yo. No te quiero hacer sufrir. Es mejor olvidar y dejarlo así, échame la culpa" Canta logo a versão original que quando tu ouvir a versão, lascou.

                                               Versão
"Foi aí que me encantei com teu sorriso... Quando eu nem esperava você chegou. Me preencheu com seu amor. Era tu, era tu e eu nem percebi, o amor da vida" <3

Agora eu duvido tu cantar a versão original, hahahaha. Aqui no site temos uma aba só de Versões. Curte, aproveita, divulga pros amigos. Beijos :)

28 de nov. de 2017

O poder feminino do brega pernambucano

Muito se canta nos bregas pernambucanos sobre mulheres que descem até o chão porque o cara manda, meninas novinhas que "senta a p* vai c*" porque o cara tá pedindo. Até parece submissão, coisa de mulher vulnerável, mas já perceberam que existem mulheres bem decididas e determinadas por aí? A começar pelas cantoras? Pois é, o trio de meninas superpoderosas do brega pernambucano - Carla Alves, da Loira Marrenta; Priscila Senna, da Musa; e Raphaela Santos, da A Favorita - chegou por aqui para dar uma entrevista :) Digo trio, mas sabemos de tantas outras mulheres lindas e guerreiras que o nosso brega tem, como Michelle Melo, Adriana Araújo, Palas Pinho, Isa Falcão, Elisa Mell... São elas que não só colocam o brega pernambucano lá em cima como nos representa também (sim, sim, esse blog é escrito por uma mulher!). 

Raphaela e Priscila, prévia do clipe "B.O."
A blogueira Patrícia Faria, de Minas Gerais, iniciou a entrevista perguntando sobre o que Carla, Priscila e Raphaela acham do atual cenário do brega pernambucano. Carlinha falou que as pessoas se envolvem muito com as músicas e com as letras, que mesmo as cantoras tendo timbres de voz diferentes, cada uma conquista o público da sua forma. "Todos os fãs se juntam e torcem por todo mundo. Nós somos da mesma empresa, a RME produções e todo mundo se junta pra apoiar. É muito bom ver nosso companheiro de trabalho feliz e fazendo sucesso", afirma Carla. Priscila comentou também que as bandas estão com novas formas de apresentação, já que nem todos os shows possuem bailarinas no palco. Além disso, algumas bandas tem apenas uma vocalista, como atualmente a banda Musa, mas que com A Favorita, por exemplo, Raphaela divide o palco com outro vocalista, o Fabio. A expectativa agora é para o lançamento do novo clipe da banda Musa com a música "B.O.", que conta com a participação de Raphaela, da A Favorita.

Raphaela Santos é cantora do famoso hit "Só dá tu" e vocalista da banda "A Favorita", sua primeira banda. Segundo Priscila Senna, da banda Musa, Rapha sempre teve uma personalidade forte e única, de voz incrível e nunca teve dúvida que a banda ia fazer sucesso. "Deus dá a quem merece", falou Priscila, mostrando o merecimento do sucesso que a banda faz hoje. Para Carla Alves, quando a pessoa canta com amor, quando não sente inveja, quando não atrapalha nem deseja o mal tudo acontece e o sucesso aparece.

Só dá voz bonita, inclusive a minha! hahaha #dublagemperfeita

Mesmo com essas reformulações e com o mundo da música sertaneja tão presente nas rádios, na mídia e nas grades de show de todo o Brasil, as três cantoras afirmam que permanecem muito unidas e representando a forma feminina no mundo brega. Todas mães, jovens e com muito sucesso e carreira pela frente, sabemos que não só representam, mas enriquecem, fortalecem, perpetuam o brega pernambucano. Desde já e como sempre, desejamos muitas felicidades, determinação, carinho e talento que sempre tiveram com nós, bregueiros.

Haja voz! Haja sucessos!

Cantaram junto? Lembraram junto? Dançaram junto? Mandaram muita energia boa para essas meninas? Aí tá certo! Beijos, suas lindas.

1 de out. de 2017

Ritmo Kente - um brega de musical

Tem gente que ainda teima em dizer que brega não é cultura. Esse tipo de gente esquece que a música brega é uma das maiores representantes do povo, do amor, do social, da periferias, das crônicas humanas. O brega expressa sentimento, realidade, desejo, alegria, vida. Agora imagine uma peça de teatro repleta de famosos bregas pernambucanos... Perfeito, né não? 


Está em cartaz aqui em Recife a peça "Ritmo Kente: um brega musical", que tem como um concurso para escolher a dançarina do Mc Kivara. Toda a história e seus diálogos tem como base as letras dos bregas, como "Novo Namorado", "Diário", "Rapariga é você", entre outros sucessos. Inclusive a versão de "Opinião" ficou show demais! Ótima dica de passeio, diversão e cultura para curtir com a família e amigos. 
A peça está em cartaz no teatro Eva Herz (dentro da Livraria Cultura do shopping Riomar Recife), sempre às sextas e sábados até dia 14 de Outubro. Os ingressos custam R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira). Vendas no local.
Quem assistiu essa semana foi nossa queridíssima Palas Pinho (foto ao lado), uma das divas e incentivadoras do brega pernambucano.


Vale a pena conferir! Beijos :)


29 de ago. de 2017

Lançamento do livro "Ninguém é perfeito e a vida é assim"

Thiago, Michelle e Palas
Melhor capítulo? hahaha
Mais do que um trecho de brega, agora o "Ninguém é perfeito e a vida é assim" também é literatura. Foi no dia 23 de Agosto de 2017 que o cenário brega pernambucano ganhou mais força, respeito e carinho com o lançamento do livro escrito por Thiago Soares, jornalista e professor da UFPE, adorador do brega muito antes dos programas de auditório. No evento estavam presentes amantes do brega, Michelle Melo (ex-Banda Metade, dona de todos os gemidos românticos musicais), Palas Pinho (ex-banda Ovelha Negra, ela mesma, da "Amor de rapariga não vinga não", Thiago Soares e demais parceiros da produção literária. 

De início houve a exibição do curta metragem "Estás vendo coisas", de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca retratando um pouco da rotina do brega como as festas, luzes e sons que permeiam nosso "país" Pernambuco e sua riqueza cultural. Após o curta, o que enriqueceu ainda mais o lançamento do livro "Ninguém é perfeito e a vida é assim: a música brega em Pernambuco" foi o debate entre Jader Janotti, Fernando Fontanella., Chico Ludermir e Thiago Soares. O tema principal remete ao brega como um estilo musical de baixa qualidade, "coisa de pobre", que faz insinuações sexuais e apelativas. Sabemos mais do que nunca de como isso retrata um estereótipo criado pela sociedade considerando que o que vem da periferia não tem qualidade ou denigre a imagem do ser humano. Se "numa letra de um brega se fala de amor", ao mesmo tempo, tem bregas que remetem a uma mulher vulgar, de corpo gostoso e sensual, que a torna passivelmente dominada pela figura masculina (que por sinal, em muitas músicas, pode botar gaia na mulher sem levar culpa). Toda essa discussão vem em cima de todo o contexto histórico da própria origem do brega, de onde ela se mostra, de quem consome - pobre e rico, branco e preto, homem e mulher - e de como é vista socialmente.

Eu e Thiago
.: Faço uma consideração ao que foi comentado lá: não basta falar sobre o brega, é preciso falar também sobre a quebra de paradigmas e esterótipos relacionados a mulher e o negro - duas identidades sociais muito discriminadas - que agora adentram nas universidades, nas diversas áreas de atuação de trabalho e na mídia. O que é falado em teoria, entretanto, muitas vezes não é visto na prática... Palas e Michelle, duas mulheres com rico conhecimento nas vivências de brega, não fizeram parte do debate. Acabei sentindo falta. Ainda, acredite se quiser, muita gente fala comigo na funpage como "Oi cara", "Quem é o donO dessa página?". A surpresa é grande quando digo que quem comanda o blog é uma donA. Até parece que mulher não tem conteúdo, não pode trocar conhecimento, só tem tempo pra cuidar da casa, marido e do corpo escultural em vez de escrever textos. Mais que citação, que nossa presença seja atuação :.

Thiago, te desejo todo o sucesso e saiba que o brega pernambucano sente-se muito feliz com tudo o que foi explorado no livro. Parabéns pelo empenho, parabéns pela coragem, parabéns pela criatividade e força que te fizeram realizar um projeto tão importante para a cultura pernambucana.

Beijo a todos!

11 de fev. de 2016

Frevo ao molho de jambu é Gaby Amarantos no carnaval de Recife

Foto: Flavio Nascimento
Pelo terceiro consecutivo, em pleno palco do Marco Zero (para quem nunca passou carnaval em Recife este palco é o maior em linha reta ao ar livre da América Latina, haha), Gaby Amarantos mais uma vez mostrou porque já faz parte do carnaval pernambucano.

Pará e Pernambuco = sintonia
De alegria e simpatia contagiante, a ex-Beyoncé do Pará (sim, esse nome artístico é coisa do passado) iniciou o show com o grande sucesso do carnaval, Metralhadora, com um tubo de led atirando confetes. Pra quem é de paz a música não gera guerra, disse até Ivete. Uma surpresa para quem estava lá foi a participação da vocalista da Banda Musa, Priscila Senna, que junto com Gaby cantou Em plena lua de mel, numa singela homenagem ao nosso queridíssimo Reginaldo Rossi. Uma linda forma de homenagear o nosso brega e o nosso rei. Que saudade...
 
Gaby e Priscila - homenagem a Rossi
 
Em meio a funks e arrochas, Gaby cantou e dançou frevo - o que faz conquistar qualquer pernambucano/turista que não tenha ido a seu show - sertanejo e músicas como Beba doida, Galera da laje e Ex my love que são conhecidas na sua potente voz. O grande evento também foi o local escolhido para o lançamento da sua nova música, Agora chora, que por sinal fez eu me identificar horrores... hahaha. "Acorda que eu já coloquei outro em seu lugar", quem nunca fez isso que atire a primeira sombrinha de frevo na tapioca de dona Maria no Alto da Sé.
 
Música nova "Agora chora"
 
Depois de um show maravilhoso, os comentários "Ela arrasa", "Não a conhecia, adorei o show", "Animou bastante" foram comuns. No nosso carnaval tem espaço para tudo e todos (e ficando uma leve crítica, queremos mais brega pernambucano nos pólos do carnaval multicultural do Recife).
 
Fica o convite para quem nunca veio, é o melhor carnaval do Brasil =)
Aos que curtem todos os anos, venham sempre que aqui o coração de Pernambuco cabem todos <3
 
Beijo grande. Bom restinho de carnaval final de semana!

26 de jan. de 2016

A magia dos programas de auditório

Banda Ovelha Negra
Todo pernambucano que se preze lembra dos clássicos programas de auditório: "Muito Mais", "Pedro Paulo na tv", "Tribuna Show" com Denny Oliveira. Eu era daquelas que chegava da escola (sim, isso já faz um tempo) e almoçava na frente da tv, fascinada com as coreografias, com a alegria, com as músicas instrutivas e com o glamour das bandas de brega (e alguns pagode "do tarado"). Se eu sinto saudade? Muita! Hoje em dia existem programas parecidos? Sim! Mas a magia dos programas de auditório de antigamente era diferente... Vou te dizer o porquê:

1) As músicas nos contagiavam de alguma maneira. Era tipo "a oitava maravilha feita para mim". E de repente já estava eu na cola da tv, decorando todos os passos.
 
Banda Gennius -  programa Tribuna Show
 
 
2) As músicas eram sensuais, as danças também e, assim como o É o Tchan, eu não via maldade naquilo... Gemia e cantava como se não houvesse amanhã!
 
Banda Metade
 
 
3) A banda Calypso tocava mais que criança na campainha do vizinho... Acho até que de tanto estarem na tv a lua se aproveitou e começou a trair desde sempre.
 

Banda Calypso
 
 
4) Você sabia praticamente da vida de todo mundo. Era chá de bebê, casamento, visita na casa, clipe em motel, cantora grávida... A gente se sentia parte <3 Coisita lindaaaaa era ter o brega, assim, todo dia!
 
Banda Vício Louco
 
 
5) Sonho não era ter um iPhone ou uma bolsa da Prada; sonho era fazer parte da plateia e ver os ídolos de pertinho. E ainda por cima ficar ao lado de Saradão, hahaha.
 

Banda Manchete
 
 
6) E quando o cantor era gato? E você ficava paquerando pela tv? Kelvis Duran era o galã (junto com Tayrone Cigano) na época... Quem sabe até hoje...
 

Kelvis Duran
 
7) Cantar "Raparigaaaa é vocêeee, mal amada" nas alturas soava como literatura, poesia, crônica social. Nos dias atuais não é diferente, vez ou outra é bom desafogar as mágoas com essa psicologia musical.
 
 
Banda Beijo Bhom
 
 
8) Tem coreografias que a gente nunca esquece. Uma delas é a do "relaxa, relaxa, relaxa eu vou entrar...". Saudade demais!
 
Dayanne
 
 
9) Esses vídeos todos têm mais de "dez anos de sucesso" (eu cantava 'das zonas') e é sempre bom recordar.
 

Banda Calypso
 
É bom falar que valorizamos também os programas novos que têm um formato semelhante a estes. Claro, aquela ideia de que o que foi do passado é melhor é frequente, mas os vídeos acima dão uma nostalgia daquelas. Estes fizeram parte da infância/adolescência de muita gente e tanto pudor que a gente vê hoje não se tinha. Era micro short, era rebolado, eram lances na câmera, era agarrado e safadeza, mas estamos aqui, aparentemente sem traumas.
 
Espero que tenham gostado das lembranças.
Beijos.