Stand up de Marcelo Adnet em Recife foi voltado a tirar onda com bairros, torcidas, Cardinot... e brega. Deve ser legal fazer piada com coisas que vivem de preconceito, não é mesmo? É fácil ser "inpoliticamente correto" feito Rafinha Bastos. Mas vamos primeiro pro contexto: tema aviões.
- O senhor tem alguma droga na sua mala, senhor?
- Ok, eu confesso... Estou aqui com um cd de Kitara.
- Ok, eu confesso... Estou aqui com um cd de Kitara.
Risada na certa! É igual antigamente (hoje ainda se vê, mas de maneira mais cuidadosa) quando se fazia piada com gordos ("rolha de poço"), com gay ("voa, gazela!"), com pobre ("na vida, pobre só vai pra frente quando tropeça"), com negro ("modelo de carvoaria"). Achar que uma banda de brega é droga foi um tanto infeliz. Sim, esse pessoal de Stand up quando chega na cidade faz uma pesquisa sobre lugares, comidas e afazeres que são motivo de ~graça~ pra jogar no meio do teatro. É técnica e acho massa, porque fica mais compreensível e adaptável a realidade. Só que em certos casos eu acho preconceituoso, carregado de estereótipos, rebaixante. Sim, não sou obrigada a dizer "que engraçado, isso é só uma piada, não tá ferindo ninguém" se já está sendo. Não gostei e pronto. Opiniões a favor ou contras, mas que tenham as suas opiniões. A minha vocês já sabem...
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