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24 de abr. de 2011

30 de Abril é o dia do brega

Tem pra gregos e troianos, cães e gatos, mordes e assopras. É dia de Brega Naite (que está de volta) e dia do Maior Brega do Ano.

O Brega Naite terá como atrações Ladie Khekhe (Allana Marques), Academia da Berlinda e Original Djcopy. Quem quiser ir aquecendo, é só baixar o cd Olindance, da Academia. O brega cult será no Clube Atlântico, em Olinda (até combina com a atração principal), começa às 23h59 e custa R$20 antecipado (vendas nas lojas Vulgo, Avesso, Creperia de Olinda e Bar Central) e R$30 na hora.



O Maior Brega do Ano, o brega mais periférico, será no Clube Português, com lançamento do DVD de MC Sheldon-Boco-GG, Lapada, Boa Toda, Swing do Pará, Kitara, Musa do Calypso, entre outros.

Brinquei inicialmente com a separação, mas é visível que há diferença entre os dois eventos, mesmo sem se tratando do mesmo estilo musical. Ainda não sei quanto custa o brega do Clube Português, mas com certeza é mais barato que o Brega Naite. Lembrei muito do artigo de Fontanella "A estética do brega: cultura de consumo e corpo, no Recife" em que ele debate sobre consumo e diferenciação. Se pago caro por um tênis da Nike é porque quero ser diferente daqueles que usam um sapato sem marca conhecida; é como beber Coca-Cola do que Dolly (tá, a qualidade ultrapassa o status). Não só quero ser diferente como quero que reconheçam essa diferenciação. Não é a toa que existem havaianas decoradas com pedras, fivelas, ouro e outros troços. Havaianas tornou-se um objeto comum, pra rico e pra pobre. Restou ao "rico" enfeitá-lo, para mostrar que aquela não é uma simples havaiana. O mesmo acontece na música: "os que têm dinheiro, têm mais acesso a cultura e marginalizam aqueles que não têm (racismo de classe)". Exagero ou não, preconceito ou não, palavras erradas nos lugares errados, enfim, o que acontece é que públicos de ambos os eventos são quase como água e óleo. <!--> Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE

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