Hojé o dia de uma das profissões mais antigas da humanidade: é o dia da Prostituta - da Profissional do Sexo, melhor. É uma dura realidade!
(Tenho essa música com Márcio Greyk, já vi site dizendo que é de Adelino Nascimento e achei no Youtube com César Sampaio. Não sei ao certo de quem é...)
Ela espera e não desespera na beira do cais
Ela quer quem vier, quem trouxer, quem der mais (hummm)
Ela sabe que os homens de branco estão pra chegar (os bombados, riquinhos)
E em câmera lenta ela tenta a vida ganhar (que frase poética, gostei)
Seu olhar inquieto vacila em qualquer direção
O seu corpo empinado desfila na escuridão
Ela é uma estrela que brilha na vida que traz (arrasou)
Ela é a mulher maravilha da beira do cais
Fim de mês é a hora e a vez de rever os parentes
Ela vai trazendo nas mãos milhões em presentes (tá melhor que eu)
Num instante se torna mocinha do interior (inocente)
Um alguém com a pureza de quem nunca teve um amor (ooown)
Como vai, pergunta o pai à filha querida
Ele quer saber como é que está sua vida
Ela diz que é muito feliz na vida que traz
Que trabalha como secretária da beira do cais (nome chique da profissão, quase uma Iemanjá)
A gente muitas vezes brinca com isso mas, como falei acima, a realidade é dura. Não é fácil - desculpem-me o termo - "abrir as pernas" e pronto, ganhou dinheiro e pronto (ou "levantar" no caso dos garotos de programa). Pra muitas del@s ser prostitut@ foi a única opção que a vida deu (pode ser clichê, bonitinho de se falar, mas é). Por escolha ou por dom, como Bruna Surfistinha geme por aí, a profissão existe, é antiga e deve ter seus direitos. Pode-se até pensar "Há, mas se legalizar estimula outros a entrarem nessa vida também", tipo o discurso contra as caminhadas a favor da maconha ou Kit Anti-homofobia. Dos ditos males o menor, minha gente. E é sempre bom lembrar que prostituta e quenga são coisas diferentes. Quenga é aquela que pega geral, passa o rodo; prostituta pega geral mas trabalha/ganha dinheiro com isso.
Quando eu era pivete, eu ouvia essa música num cd com 40 bregas. Era uma espécie de pout-pourri o tempo inteiro.
ResponderExcluirSempre que tocava esse trecho eu ficava tentando entender do que se tratava.
Eram os meus verdes 12 anos. (Referência indireta ao mestre José Lins do Rêgo detected)
Jamais pensava nessa música como uma "Zefa Cajá" portuária...
Linda música.
Eterna pra quem é brega por convicção.
Quem tem um cd desse só com brega antigo é meu vizinho. Todo domingo ele coloca ou esse cd, ou Agepê, ou Luiz Gonzaga.
ResponderExcluirTão inocente né Amando? Velhos tempos verdes...
Agora "Zefa Cajá"? Explica, please, rsrs.
Sempre quis entender essa música
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