Sábado passado (03 de Setembro) foi o aniversário da cidade de Paulista/PE. Pra comemorar, a prefeitura montou um palco e chamou diversas atrações pra animar a população, dentre ela Calypso, Capim Cubano e... Adilson Ramos. Meu primo, que toca na banda dele, chamou eu e minha família para vê-lo tocar. Minha avó, chique toda, conheceu Adilson e tudo mais, tirou foto e viu o show sentadinha no palco. Adilson é um artista nato, pula mais que bode, é super animado e simpático com o público. Tira brincadeira, conversa e durante o show falou "Tava com saudade de vocês daqui de Paulista. É um público alegre, família, eu gosto disso. Agora mesmo conheci uma bisavó..." e eu louca desesperada "É MINHA AVÓ!", hahahaha. O filho dele também faz parte da banda, o que torna tudo mais familiar do que já é. É muito bom ver as senhorinhas todas animadas, cantando, relembrando os bons tempos. E eu lá, uma novinha que gosta de música antiga, cantando e fazendo coreografias também, porque viver é isso. Como canta Milton Nascimento em Nos Bailes da Vida, "todo artista tem de ir aonde o povo está". Tá na cara a felicidade dele em ver avó, filha e neta cantando suas músicas, reconhecimento é o melhor dos presentes. Tá na cara também a humildade que ele tem, e não é a toa que já está com mais de 50 anos de carreira.
A música "Um toque de recordação", uma das mais novas foi cantada e recantada por Adilson. Música nova, que chegou e grudou, encantou o público. E ele sabiamente falou algo do tipo "Podem pedir essa música na rádio. Infelizmente nas rádios grandes tocam as músicas que muitas vezes são pagas para estar ali, muitas vezes não tem uma letra bonita, mas faz sucesso. Liguem pras rádios normais e comunitárias e peçam essa música!". Verdade! Eu mesmo estou aqui com um dvd autografado por ele, que peguei pra colocar no kit brega (semana que vem anuncio a promoção), mas já estou pensando em fazer dois kits. É meio injusto - não é bem essa palavra, mas vocês irão entender - colocar o dvd de Adilson Ramos em um mesmo kit de Metal e Cego. São bregas distintos e um novinho que usa Ktron com certeza não ouve "Sonhar contigo". Não é preconceito não, é realidade musical. Bom, trago então a música nova pra vocês:
"Um toque de recordação
Atinge a alma e o coração (atinge tudo!)
E o meu pensamento pega carona com o vento
Pra te encontrar (ainda bem que Recife tá ventilado)
Ainda guardo em minha mente as imagens tão recentes
Os momentos de loucura de prazer e de aventura
Será? Será que ainda gosto dela (goooosta, dá pra ver)
Sinto a falta dos teus beijos, ainda sinto o teu cheiro
Eu não sei se é saudade, simplesmente um desejo
Será? Será que ainda gosto dela
Quando me lembro de nós dois
Vem a saudade e depois
Eu sinto no peito um toque de recordação..."
Pra baixar as músicas de Adilson, é só entrar no site dele.
Beijos!
Adilson é um legítimo representante do brega elegante. Bons tempos em que o brega era assim, sem sacanagem, sem baixaria, sem apelação. Era somente brega, por ser brega... Hoje tem brega de todo tipo, para todos os gostos (e desgostos). Mas os "dinossauros" do brega (Roberto Muller, Odair José, Fernando Mendes, Labaredas, Adilson Ramos, Lindomar Castilho, Amado Batista, etc) sempre terão seu público fiel e seu lugar cativo na longa e rica história dessa música popular.
ResponderExcluirVerdade. São artistas que fazem música por prazer, cantam por aquele desejo de animar as pessoas, divertem porque são bons no que fazem.
ResponderExcluirPois é, concordo. A musa do brega paraense tem uma música que fala em "café cuado na calcinha". Isto não é brega, é apelação, mas faz um tremendo sucesso!
ResponderExcluirLembrando que a música do "café coado na calcinha" é originalmente daqui de Recife, ok? É apelação sim, faz sucesso sim, é brega sim, mas claro, não é aquele breguinha rasteiro e gostosinho de se ouvir.
ResponderExcluirhttp://quemgostadebregasoueu.blogspot.com/2011/11/o-dia-em-que-conheci-gaby-amarantos.html