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2 de mai. de 2011

Gaby e suas "Águas de Março"

Saiu no Globo:
"O pau e a pedra - verso e melodia - estão lá, intactos. Mas o fim do caminho é completamente novo. Sob a batida do tecnobrega, seus timbres digitais de sabor vulgar e o canto quente e úmido de Gaby Amarantos (conhecida como a Beyoncé do Pará) - o oposto da histórica leitura cool de Elis -, "Águas de março" soa novíssima".

A versão de Gaby foi realmente a sensação da semana. Meu pequenino blog nunca teve tantos acessos, por vários dias, como teve com essa notícia. É sucesso pra Gaby e pra mim também, achei isso lindo. A reportagem toda está no link acima, mas uma coisa que me chamou a atenção foi o seguinte comentário:

"A releitura de 'Águas de março' por Gaby e João Brasil se insere numa tradição da música brasileira instituída desde o tropicalismo: o cruzamento de uma suposta 'baixa MPB' (mais popular, mais romântica, de cores berrantes) com o que de mais nobre se produziu na nossa canção. Geralmente, porém, a mão é inversa, de 'cima' para 'baixo'", como já falei aqui com a clássica de Caetano Veloso x Fernando Mendes, também Arnaldo Antunes cantando "Americana", Fernanda Takai e Zélia Duncan com "Mon'amour, meu bem, ma femme", entre tantos outros exemplos. Foi uma feliz comparação pois, de fato, se um cantor da "alta" MPB cantar um brega, "é legal, é bacana, quer alegrar geral". Mas vai um bregueiro cantar Roberto Carlos, um Chico Buarque (tipo, A Rita)... É confusão pra Ratinho e Márcia ganharem ibope até o fim dos tempos!

Achei as observações muito bem pensadas e por isso quis compartilhar com vocês. Pra quem ainda não ouviu, "Águas de Março" tecnobrega.
Bom começo de semana pra vocês, beijinhos!

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